Capítulo 2 - Elefantinhos

Posted on 17:43 by Arthur *(Sinapsys)*


Inglaterra, Século XXI

“_ Senhor William!"


_... Deixa-me em paz...

_ Mas já são 10:30...

_ OQUÊ? Já são essas horas?... - Estabanado William pulou de sua cama, e com um rápido movimento vestiu já sua blusa, e pegou alguns pertences... dizendo: _ Alf... Me passa a cueca rápido... - Influenciado com a pressa e o nevorsismo de william, o mordomo acaba pegando qualquer coisa na gaveta e jogando pra seu senhor.

_ ISSO NÃO! É uma calcinha da Isabel... me passa ali rápido rápido... - Apesar dos pequenos problemas, william se arruma de forma rapida ainda ajeitando os detalhes enquanto corria em direção a rua:

_ Me deseje sorte Alfred.

_ Passar bem senhor, e não se esqueça do lanch...

Pobre Alfred, do modo tão rápido que William saiu era mesmo impossível intervir. William Darc’ saiu aos passos e galopes de sua imponente casa próxima ao imenso Big Ben. No auge dos seus 16 anos , o futuro estudante da escola preparatória de Cambridge, que se tornaria um bom aluno aos olhos de seus professores.

Com os cabelos castanhos como o mel das mais nobres abelhas, que é ressaltado por seus olhos azuis preguiçosos e tímidos, boca fina e delineada, como se fosse desenhada á mão, pernas longas e um corpo delgado, digno de um corredor, ou até mesmo um lutador leve. O uniforme que ele veste ( muito amarrotado por sinal ) é o modelo de verão, portanto calças sociais com pregas simples e bem passadas por seu mordomo Alfred, de uma cor marrom escura, como um brasão de nobreza. Uma blusa social, amarrotada pela pouca dedicação em vesti-la, com suas mangas dobradas por cima dos cotovelos, lembrando uma camisa de manga curta. E não podemos esquecer a bela insígnia da escola, virada ao contrário, e jogada na camisa, sem nenhum esmero, deixando o imponente símbolo fora de lugar.

Mesmo com toda esta falta de esmero em sua arrumação, não deixava de chamar atenção das pessoas na rua, ou talvez seja este o motivo do qual tantas pessoas fitavam-no com o olhar. Concordemos que não é muito normal ver um jovem ás 10:30 da manhã correndo como um maratonista no centro de Londres.

Ofegante William chega ao metrô que fecha suas portas automáticas quase instantaneamente atrás de suas costas. Ele põe sua mochila de couro e alça transversal no chão, e se apóia em seus dois joelhos, que estavam sensíveis e trepidantes, devido ao tempo e velocidade que William correu. Quando o metrô começa a se mover ele, com um pouco do fôlego restaurado decide se sentar em um banco próximo.

Como estava cansado sentou com as pernas separadas, como se tivesse sido jogado no banco por algum brutamontes, abaixou sua cabeça e ficou olhando para o chão, com a boca aberta, soltando baforadas longas, estava visivelmente ofegante. Nem percebeu então que o metrô havia ficado lotado, em função das duas paradas que já tinha efetuado. Paradas estas, inexistentes no momento de restabelecimento de suas forças.

Ao recuperar seu fôlego ele se prepara para perdê-lo novamente. Levantando sua cabeça ele vê tudo escuro, e de repente: “ Elefantinhos...” ... sem entender olha para os lados, e nada vê, a não ser uma mancha escura, que olha fixamente, até que enfim ele percebe que é uma pinta. Entendendo sua situação um zumbido começa em seu ouvido, um frio mórbido sobe pela sua coluna. Examinando o tecido ao lado, percebe que se tratava de uma saia colegial, e seu maior medo é confirmado... Afinal uma saia tem uma dona, e a dona provavelmente estaria muito nervosa.

Na cabeça dele era uma menina feia e mal encarada, então já foi se preparando, e tratando de tirar logo a cabeça dali...

Engolindo seco ele abre os olhos, e tremendo, olha pra cima, vê uma garota linda, com cabelos pretos e curtos, que batiam em sua nuca, olhos verdes penetrantes, que laçaram Will em uma sedução quase instantânea. Sem perceber Will ruboriza suas bochechas, em função da beleza estonteante da garota, pobre Will, tal ação fez o semblante da bela menina, passar de surpresa para raivosa, com um olhar destrutivo.

Com os olhares fixos na menina, e mais preocupados em perceber sua beleza, que nos juramentos de morte que ela fazia com os olhos, Will percebeu que o rosto dela ficou imóvel... E ainda assim conseguiu escutar claramente:

“_ Pervertido asqueroso”

De repente todos pararam de falar no vagão, e com um grito de raiva, mudando a tonalidade de seu rosto do branco aveludado para o vermelho maçã, a garota desferiu um chute na fronte de Will, tão rápido e potente que deixou a face de Will marcada, e seu rosto colado no vidro.
Lentamente todos voltam a suas respectivas ações, a garota mudou de vagão, e Will permanecia estático. Ele não sabia se era em função do golpe repentino, ou devido a beleza estonteante da garota misteriosa. Só o que ele via eram elefantinhos...

Com o rosto anestesiado Will descolou sua face do vidro gelado do metrô lentamente. O automóvel trepidava e emitia sons estranhos. Mas nada disso se quer abalou o semblante amotivo de William, pois sua cabeça ainda estava nos olhos verdes e cabelos negros da linda garota que o agredira.

Enfim, sonhadores não tem carteira assinada, por isso William voltou a sua vida agitada de frenesi constante, saindo correndo do metrô ao perceber que estava extremamente atrasado, pois deixara passarem 2 pontos de seu destino. Com passadas longas e numerosas chegou a tempo de pular o portão e subir correndo as estreitas escadarias da requintada escola.

Ao chegar no andar de sua sala, e ao ver sua professora de pé ao lado da lousa negra, seus movimentos se retardaram aos poucos, e seus olhos estremeceram, ao fitarem a professora, que aparentava ser novata, por isso, se parecia com uma bela aluna. Ao passar pelo banheiro parou e lavou os cabelos, recompondo-se e estufando o peito, para parecer apresentável, e para finalizar, semicerrou os olhos antes arregalados, para dar um charme.

Ela era ruiva, de cabelos cacheados e pele branca como a neve, seus olhos eram castanho-claros, com uma tonalidade levemente esverdeada. Tinha os lábios carnudos e o corpo esbelto. O generoso decote em “V” realçava seus seios, redondos e maciços, e sua saia preta delineava-lhe as coxas e glúteos, ambas, musculosas e firmes. Tal combinação, tão perigosa fez William tomar vergonha do que estava fantasiando. E se recompôs para entrar na classe.

Após um longo suspiro, removendo as emoções de seu rosto, antes ruborizado, levando-o a restabelecer sua expressão cotidiana de indiferença. Deixou a maçaneta rolar por entre seus dedos finos, e entrou na sala com um aspecto que mais lembrava sono.

_ Olá senhor... ? – Ela perguntou, e fez William querer falar coisas absurdas, declarações, coisas de garoto, mais como sempre, os pensamentos, ele guardou para ele mesmo.

_É o esquisito professora – Disse Ben, o valentão da sala, levando todos a gargalhadas, e interrompendo os pensamentos de William.

_Meu nome é William Darc’. Desculpe pelo atraso, tive problemas para me despertar. – Disse Will com o peito estufado, fazendo todos se calarem. Ninguém nunca o tinha visto com aquele olhar, nem aquela postura, digna de um membro da realeza.

_ Sente-se então William, ou esquisito, não sei. Mas seja de modo discreto, já causou desordem o suficiente. – E William obedeceu acenando com a cabeça, e se sentindo extremamente humilhado. Algo que para ele era completamente incomum, considerando seu intelecto.

Depois de se sentar William finalmente pode jogar o peso do cansaço sobre seu corpo, se deitando em sua “confortável” cadeira de madeira dura. Sua cabeça não estava mais na sala de aula. Tudo o que ele via era a morena de olhos verdes.

Afogado em seu mundinho particular William não escutava nada da aula, que era de química, portanto, sem utilidade para sua vida, aliás, como todas as aulas, afinal ele já sabia tudo. Repassava vezes e mais vezes o ocorrido em sua cabeça, e a proximidade que ele estava das quentes e lisas pernas da estranha ficou em sua cabeça. Ele jamais estivera tão perto de uma garota.

Suas bochechas se ruborizaram e sua garganta secou, era como se ela estivesse o observando com aqueles olhos penetrantes novamente. De repente, no fundo do seu ser ele escuta claramente: “Pare de remexer essas memórias seu pervertido.” William se assustou e quase caiu da cadeira, e de repente, ele não estava mais na sala de aula, ele se sentia apertado e com uma dor de cabeça tremenda.

Olhando ao seu redor ele percebia que via vários armários cinza-escuros, alguns bancos com roupas jogadas, ele concluiu mais lento que o normal, que era um vestiário. Isso não era problema para ele, mas quando duas garotas envoltas por toalhas vieram em sua direção, ele desesperadamente colou seu corpo aos armários atrás de si. Ele tentou se esconder de todas as formas, mas o tiro saiu pela culatra quando ele empurrou o armário sem perceber e emitiu um barulho estrondoso.

As duas se voltaram para ele ao perceber o barulho, ele tampou os olhos com as mãos, mania que tinha adquirido com a vida. Agora quatro grandes olhos o fitavam, e ele quase entrou em desespero, suando frio observava cada movimento das duas, não prestava mais atenção nos corpos seminus de ambas, e sim nos lábios de uma delas quando ela pôs-se a falar:

_ Amy, você ta de TPM? , sério, você tá suando! – e a outra se pronunciou: – Troque de roupa logo, tem ensaio agora.

_ T.. tá bom... – respondeu Will sem entender nada do que se passava ali, apertando-se cada vez mais contra o armário onde estava apoiado. A melhor hipótese que ele pôde formular era uma confusão com alguma outra pessoa.

Logo após as duas virarem o corredor e saírem do vestiário Will solta a respiração e cai sob seus joelhos, e olhando para suas coxas ele percebe que o que ele via eram:

Elefantinhos...

5 Response to "Capítulo 2 - Elefantinhos"

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BTSHunt Says....

rapaaaaaaaaaz booooooooooooom d+++++++++++++++

adoreiiii!!!!!

hey, posso pedir um favoor??? leiaam o meu! http://sagahassassin.blogspot.com/

agradeço muitoooo!! to seguindo vcs!! =D

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